Radialista, Apresentador e Locutor Publicitário (DRT: 1948/RN)

domingo, 28 de fevereiro de 2016

METADE DOS JORNALISTAS ASSASSINADOS EM 2015, TRABALHAVAM NO RÁDIO

Dados divulgados pelo Relatório ABERT sobre Liberdade de Imprensa – 2015, lançado nesta segunda-feira (22), coloca em foco a realidade vivida pelos profissionais brasileiros no exercício do jornalismo.Segundo o documento, “o levantamento anual feito pela Press Emblem Campaign (uma ONG independente criada por jornalistas, com base na Suíça) mostra que o Brasil é hoje o quinto local mais arriscado do mundo para os profissionais de imprensa”. O país aparece em pior situação do que nações como Iêmen e Sudão do Sul, que estão em guerra – a Síria, local mais perigoso para a atividade, registrou 13 mortes em 2015; no Brasil, foram oito.Um dos casos mais chocantes e emblemáticos dessa situação foi o assassinato do radialista Gleydson Carvalho. Ele estava no ar, apresentando seu programa na rádio onde trabalhava, em Camocim (CE), quando foi morto a tiros por dois homens que invadiram o local. O profissional era conhecido por denunciar irregularidades cometidas por políticos da região.O crime, que aconteceu em agosto, retrata bem o perfil das vítimas fatais no jornalismo em 2015. Todos os oito mortos eram homens. Seis deles foram executados aqui no Nordeste. E a maioria, assassinada a tiros, estava envolvida com a cobertura da política local. Quatro eram radialistas e outros quatro, blogueiros.Para o presidente da Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná (Aerp), Alexandre Barros, o próprio perfil do meio rádio acaba se tornando um agravante em meio a essa violência. Justamente por seu imediatismo, linguagem direta e proximidade junto às comunidades, o rádio desenvolve uma atuação social muito mais forte que outros veículos. Isso faz com que a repercussão de seus conteúdos tenha um grande peso na opinião pública

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